Sons da Perifa https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br Um blog sobre cultura periférica, a voz da periferia Mon, 13 Dec 2021 15:07:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Eliane Dias cria festival Boogie Week e expande atuação da marca com os filhos https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/30/eliane-dias-cria-festival-boogie-week-e-expande-atuacao-da-marca-com-os-filhos/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/30/eliane-dias-cria-festival-boogie-week-e-expande-atuacao-da-marca-com-os-filhos/#respond Tue, 30 Nov 2021 20:41:39 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Eliane-Dias_-Boogie-Week-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=846 Visão de passado e futuro soa em muitos casos, para quem é negro, como uma incógnita –o apagamento da história afro e a baixa perspectiva de vida motivam isso. Pensando em mudar este cenário, o selo Boogie Naipe, que comanda a carreira do grupo de rap Racionais MC’s, criou a Boogie Week, festival programado para 2 a 5 de dezembro. 

A frente da programação, que será online, está a advogada e empresária Eliane Dias. Ao lado de seus dois filhos, Kaire Jorge e Domenica Dias, ela propõe mudanças no cenário dos grandes festivais  atuais. “Frequentei grandes eventos dentro e fora do Brasil, gratuitos e pagos, e vi que sempre faltava alguma coisa da cultura preta. Foi aí que eu juntei tudo o que eu não via e coloquei na Boogie Week”, afirma a empresária.

Dias ainda conta que o evento não será apenas de música, mas deve valorizar a cultura negra em diversos setores. “Tem que ter culinária preta, escritores pretos, cineastas negros… Tudo o que imaginarmos que tiver pessoas pretas trabalhando vamos tentar incluir.”

Outra frente do evento é dar visibilidade e oportunidade para mulheres negras. “Eu sou uma mulher preta, então desde o começo eu pensei em equidade de gênero para essa semana de cultura preta. Priorizamos ter mais mulheres profissionais que homens na equipe. Fazer esse equilíbrio de gênero é espontâneo para mim”.

Eliane Dias ao lado dos filhos Kaire Jorge e Domenica Dias (Foto: Jef Delgado/ Divulgação)

Este movimento de estar atento para incluir mulheres negras na folha de pagamento é fundamental. Segundo o Relatório Especial de Empreendedorismo Feminino no Brasil, do SEBRAE, 48% dos Microempreendedores Individuais (MEI) no Brasil são mulheres.

Porém, quando observamos os números fazendo o recorte racial, entendemos que mulheres negras estão a um abismo de oportunidades das mulheres brancas. Um desses dados mostra que somente 35% das mulheres brancas empreendem por necessidade, enquanto 51% das mulheres negras têm seu empreendimento como única renda familiar. Além disso, apenas 21% das mulheres negras são registradas com CNPJ.

Para Dias, o mercado de empreendedorismo para mulheres negras é quase impossível. “Empreendemos porque não temos outra opção. Na periferia, por exemplo, vejo mulheres abrindo um negócio, e quando pega firme o companheiro vai e toma dela”.

Ainda sobre mercado de trabalho, a empresária comenta sobre assédio e violência que muitas mulheres enfrentam. “A mulher não é como um homem que só trabalha e não tem outras obrigações em casa. Ela trabalha, cuida dos filhos, cuida da casa, cuida do pai e da mãe que são mais velhos, trabalha menstruada, enfrenta assédio e assim por diante”. 

Por outro lado, Eliane Dias mantém seu cargo à frente da Boogie Naipe, marca que surgiu em 2009 com Mano Brown, e que ao longo dos últimos 12 anos se tornou referência no mercado musical. “A empresa nasceu para cuidar única e especificamente da carreira de um dos artistas, Mano Brown, e que foi se expandindo de acordo com as necessidades. Temos editora, produzimos clipes, agenciamos shows, temos marcas de roupas, nós fazemos tudo. Chega de aceitar a coisa ‘mais ou menos’. Se podemos fazer melhor, então vamos lá e fazemos”.

Parte dos seus companheiros de trabalho são seus dois filhos, o que, para ela, é uma vantagem. “O bom de trabalhar com amigos e familiares é que eu posso confiar. Posso pegar o meu cartão do banco e dar na mão do meu filho ou da minha filha”, diz. Mas, segundo a empresária, nem tudo são flores. “A desvantagem é que às vezes a gente está tomando café e está trabalhando. E às vezes o bicho pega aqui viu? A gente briga e sai na discussão. Somos todos pessoas fortes. Eu não gosto de discutir com o Jorge nem com a Domênica, mas com o Pedro Paulo [Mano Brown] tudo bem.”

 

Boogie Week
2 a 5 de dezembro
Grátis no YouTube da Boogie Naipe

 

Programação completa

Quinta-feira (2)
Com apresentação de Aretha Sadick:
Anelis Assumpção
Performance de Kaê Guajajara
On! HUB & Samba rock cultural
Negres: o visual é ancestral, com Hanayrá Negreiro e Roger Ramos
Cia Crespos apresentando: Dois garotos que se afastaram demais do sol
NOSSO AJEUM: tabuleiros de partilha e resistência, com Sueide Kintê e Edson Leite
Encerramento com show Leci Brandão

 

Sexta-feira (3)
Com apresentação de Magá Moura:
Lys Ventura
Batekoo
Ela é Tech, Ela é Pop, Ela é Digital com Sil Bahia e Dandara Pagu
Áfricamente: o que sei me cura com João Marques e Chavoso da USP
Stand Up Comedy com Jacy Lima
Encerramento com show de Rico Dalasam

Sábado (4)
Com apresentação de Nataly Nery se apresentam:
DJ Marky
Jonathan Ferr
Larissa Luz
MC Dricka

Domingo (5)
Com apresentação de RAP Falando se apresentam:
DJ SET com Erick Jay
Budah
Performance de Afrobapho
Show de Yunk Vino + Duquesa + Danzo
Duelo de MC’s Especial com Winnit (SP) + Bixarte (PB) + Kaemy (GO) + Alice Gorete (AL) + Black (BA) + Vinícius ZN (PE) + Douglas Din (MG) + Big Mike (SP), apresentação de Max Bo e do DJ Tayan com júri de Clara Lima e Mamuti.
Encerramento

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Zezé Motta será homenageada em festival que reúne 20 outros artistas pretos https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/zeze-motta-sera-homenageada-em-festival-que-reune-20-outros-artistas-pretos/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/zeze-motta-sera-homenageada-em-festival-que-reune-20-outros-artistas-pretos/#respond Fri, 19 Nov 2021 21:06:02 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/05-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=804 A segunda edição do Festival Levante vai celebrar a resistência em comemoração ao dia da Consciência Negra, 20 de novembro, com apresentações de 20 músicos pretos e homenageado a atriz e cantora Zezé Motta. O evento, gravado na Fabrica de Cultura da Brasilândia, bairro na região norte de São Paulo, vai acontecer a partir das 18h, no canal do YouTube.

A produção foi feita pela Art Mind em parceria com o LabVoz, programou o festival para ser divido em quatro palcos: no Riachuelo irão se apresentar Mylena Jardim, Bruna Black, Tinna Rios e Yasmin Olí celebrando “O poder da mulher preta” além da participação especial da Stella Yeshua invadindo o camarim das artistas e cobrindo as expectativas.

No Palco Budweiser estão confirmadas as performances de Bia Ferreira, Rico Dalasam, Jup do Bairro, Danna Lisboa e Karol de Souza mostrando o tema “Atitude”.

Já no palco PAN terá as performances de Martte, Leyllah Diva, Quebrada Queer, Ângela Máximo e Desirée e as participações especiais de Criolo e Jojo Todynho.

O quarto e ultimo palco, denominado Levante, vai trazer Zézé Motta para ser a primeira madrinha do festival. Nele a artista será homenageada pela sua trajetória e relevância na cultura afro-brasileira. Além disso, Zezé vai abrir o festival com uma performance inédita, além de apresentar o festival e mediar todas as demais performances.

Festival Levante
Dia 20 de novembro, a partida das 18h, no YouTube.

 

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Conheça os brasileiros que buscam o título mundial de breaking na Polônia https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/conheca-os-brasileiros-que-buscam-o-titulo-mundial-de-breaking-na-polonia/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/conheca-os-brasileiros-que-buscam-o-titulo-mundial-de-breaking-na-polonia/#respond Fri, 29 Oct 2021 19:29:20 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-29-at-16.15.14-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=787 Enquanto o b-boy cearense Bart já garantiu sua presença na final do campeonato mundial de breaking, outros dois candidatos brasileiros buscam uma vaga no Red Bull BC One, etapa polonesa da competição. A mineira Isabela Rocha, conhecida como b-girl Itsa e o goiano Alexandre Duarte, codinome b-boy Xandin, fizeram história em São Paulo e se tornaram os primeiros campeões nacionais do Red Bull BC One, realizado em outubro.  Este título garantiu a classificação de ambos para a penúltima fase antes da final.

Os competidores vão se apresentar na cidade de Gdansk, na Polônia, em duas etapas: a primeira classificatória será realizada no dia 4 de novembro, os 24 classificados se juntarão na grande decisão no dia 6 de novembro. O evento contará com transmissão ao vivo em Youtube.com/RedBullBCOne e no canal SporTV, a partir das 13h.

Após vencer a etapa brasileira da competição, a b-girl Itsa, embarca rumo à Polônia visando ao grande título mundial (Foto: Fabio Piva/ Red Bull Content Pool)

De Belo Horizonte (MG), a bicampeã Itsa é a representante nacional feminina na competição. Integrante do elenco de dançarinos do Cirque du Soleil, a artista de 23 anos iniciou sua trajetória na modalidade logo na infância e não parou desde então. A atleta  é uma das grandes expoentes do breaking no Brasil. “Minha expectativa para o mundial é que as pessoas não se enxerguem apenas como competidores, mas como irmãos e irmãs de cultura. Estou preparado para dançar minha história”, afirma Isabela.

O B-Boy Xandin é um dos competidores que embarcou rumo à Polônia visando ao grande título mundial (Foto: Fabio Piva/ Red Bull Content Pool)

Já na categoria masculina, o b-boy Xandin, de Anápolis, no interior de Goiás, tem mais de uma década no esporte e diz confiar nos representantes brasileiros na competição: “Estou ansioso para a final. Acredito que tenho potencial para representar o Brasil e trazer esse título. Quero manter minha energia, dançando tranquilo e curtindo, acho que isso pode fazer toda diferença. Vou dar o meu melhor”, comenta Xantin.

A dinâmica do campeonato é simples: em formato mata-mata, os participantes têm suas habilidades avaliadas ao dançarem em frente a um painel formado por jurados que são referências na cena, como o holandês Menno, três vezes Campeão Mundial. Vale tudo para impressionar: técnica, criatividade e simpatia. Quem impressionar mais os juízes vence.

O B-Boy cearense Bart já tem vaga garantida na final Mundial (Foto: Fabio Piva/ Red Bull Content Pool)

 

Bart, que já tem vaga garantida na final mundial, no dia 6 de novembro, por meio de wildcards —recurso dado por desempenho e forte participação—  foi convidado a avançar direto à fase decisiva que nomeará os dois grandes vencedores mundiais, sendo um b-boy e uma b-girl.

Red Bull BC One – Final Mundial Polônia
Data: 04/11 (1ª etapa final mundial)

Data: 06/11(2ª etapa final mundial)
Horário: 13h
Local: Transmissão ao vivo no Youtube.com/RedBullBCOne e pelo canal SporTV

 

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Mano Brown fala de família e LGBTQIA+ com Ludmilla em novo episódio de ‘Mano a Mano’ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/27/mano-brown-fala-de-familia-e-lgbtqia-com-ludmilla-em-novo-episodio-de-mano-a-mano/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/27/mano-brown-fala-de-familia-e-lgbtqia-com-ludmilla-em-novo-episodio-de-mano-a-mano/#respond Wed, 27 Oct 2021 16:18:02 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-27-at-13.10.25-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=780 Embalado por uma sequência de entrevistas com personalidades da música, como a sambista Leci Brandão e o rapper Djonga nas últimas duas semanas, chegou a vez de Ludmilla bater um papo com o Mano Brown em “Mano a Mano”, podcast oficial do Spotify, que vai ao ar na plataforma nesta quinta-feira, dia 28.

A conversa entre os músicos foram guiada pelos temas: família, religião, identidade e carreira. Durante o episódio, Mano Brown fala como determinados gêneros musicais não são levados a sério. “Assim como o rap, que é uma música que vem do gueto, as pessoas acham que a gente aprende tudo na intuição, aprende na vagabundagem. Quando não tinha nada para fazer, aprendeu rap. E não é assim”.

Aos 26 anos e com a marca de ser a primeira mulher negra a alcançar um bilhão de streams no Spotify na América Latina, Ludmilla, em um dos pontos autos da entrevista, comenta como não se sentia uma referência para as mulheres negras e LGBTQIA+ no início da carreira, mas que isso mudou com o passar dos anos: eu fui aprendendo, pegando posse, reforçando e cuidando mais de mim porque sabia que tinha mais gente se guiando pelos meus passos”, afirma a cantora.

Semanalmente aparecendo na lista de podcasts mais ouvidos da plataforma, Brown tem se sido elogiado como um entrevistador, que mesmo diante de personalidades polêmicas que vão de encontro com seus ideais, não segue a linha de encurralar e constranger. O rapper costuma deixar os convidados a vontade durante as conversas, que geralmente acontecem em torno de uma hora.

O podcast Original Spotify Mano a Mano tem novos episódios toda quinta-feira. Este é o décimo episódio do podcast dos 16 confirmados até o momento. Já passou pelo programa a cantora Karol Conká, o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo, o vereador de São Paulo Fernando Holiday, do Novo, o ex-presidente Lula entre outros.

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Bia Ferreira e Josyara se apresentam no festival gratuito ‘Negras Melodias’ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/01/bia-ferreira-e-josyara-se-apresentam-no-festival-gratuito-negras-melodias/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/01/bia-ferreira-e-josyara-se-apresentam-no-festival-gratuito-negras-melodias/#respond Fri, 01 Oct 2021 20:21:32 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-01-at-17.13.52-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=750 Nesta sexta-feira, dia 1, começa a primeira edição do festival “Negras Melodias Show“. O evento que vai até domingo, dia 3, terá exibição online gratuita a partir das 20h no canal do YouTube Universo Afromusic.

Durante o festival, o público poderá conhecer, as crônicas das cantoras e compositoras Bia Ferreira e Josyara, apreciar o lovesong da parceria Nina Oliveira & Theodoro, ouvir sobre ancestralidade a partir de Melvin Santhana, ser guiado no afrofuturismo experimental de Saskia & Felinto e levitar nas possibilidades utópicas de Hever Alvz & Melifona.

A curadoria do projeto é de Hever Alvz, além de músico e produtor cultural, se dedica na construção de novos cenários da música preta em São Paulo, com o objetiivo de romper os padrões do mainstream. “Acredito ser necessário e importante a existência de espaços e toda sua licença musical para artistas pretos no país onde o DNA musical é herança afro-diaspórica”, afirma Hever.

Com idealização é do Universo Afromusic, em parceria com o Teatro de Contêiner Munguzá, o “Negras Melodias Show” é o segundo projeto dedicado à música negra independente do canal junto ao teatro: primeiro foi o Festival Afromusic #1 e depois o Festival Aformusic #2.

 

Negros Melodias Show
De 1 a 3 de outubro. Ás 20h no canal Universo Afromusic. Gratuito.

PROGRAMAÇÃO NEGRAS MELODIAS
Dia 01/10 – Sexta-feira
20h00 Josyara
20h30 Nina Oliveira & Theodoro

Dia 02/10 – Sábado
20h00 Melvin Santhana
20h30 Hever Alvz & Melifona

Dia 03/10 – Domingo
20h00 Bia Ferreira
20h30 Saskia & Felinto

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Confira o SLAM SP, etapa paulista do campeonato de poesia falada https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/confira-o-slam-sp-etapa-paulista-do-campeonato-de-poesia-falada/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/confira-o-slam-sp-etapa-paulista-do-campeonato-de-poesia-falada/#respond Wed, 15 Sep 2021 21:03:40 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/Slam-2018-Sesc-Pinheiros-Foto-Sérgio-Silva-5-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=738 Nesta quarta-feira, dia 15, começa  SLAM SP, campeonato paulista de poesia falada, com etapas paulistas que vão até domingo, dia 19. A competição vale vaga no SLAM BR, etapa nacional da modalidade.

Ainda por conta da covid-19, o torneio será totalmente online, porém, o mecanismo é o mesmo: os slammers defendem seus versos em etapas classificatórias e depois são julgados por pessoas escolhidas entre o público espectador.

A novidade este ano será a escolha de pessoas entre o público virtual para o juri. Cada uma delas atribui notas após cada poema. Depois que a nota mais alta e a mais baixa são retiradas, o competidor que conseguir a pontuação mais alta é o escolhido para a próxima etapa.

“Considerando as dificuldades que temos enfrentado no campo da cultura nos últimos dois anos –e a necessidade de ouvirmos as vozes de poetas incríveis que nos ajudam a organizar um pouco esse caos– estamos felizes em conseguir realizar as edições do Slam SP e Slam BR em 2021 e com uma participação expressiva das comunidades. Os campeonatos estaduais de slam acabaram se entrelaçando ao nacional, já que o formato on-line possibilita que poetas de vários países estados participem”, comenta Roberta Estrela D’alva, a responsável por trazer o slam ao Brasil.

Tanto o SLAM SP quanto o SLAM BR são apresentados pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, que comemora 20 anos de criação em 2021. Formado por Claudia Schapira, Eugênio Lima, Luaa Gabanini e Roberta Estrela D’Alva, o coletivo pesquisa a linguagem e o diálogo entre a cultura hip-hop e o teatro épico.

“Temos, portanto, esse ano no campeonato estadual Slam SP, representantes de Minas Gerais, do Ceará, do Acre, do Rio Grande do Sul. Isso aumenta as chances de termos poetas de outros estados no Slam Br, que esse ano vale vaga para a Copa América de Slam que acontece em novembro na FLUP – Festa Literária das Periferias”, completa Roberta.

Slam SP
De 15 a 19 de setembro às 20h
Transmissão no canal do YouTube Núcleo Bartolomeu

 

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Com KL Jay e Ice Blue, evento debate educação financeira por meio de rap https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/07/05/com-kl-jay-e-ice-blue-evento-debate-educacao-financeira-por-meio-de-rap/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/07/05/com-kl-jay-e-ice-blue-evento-debate-educacao-financeira-por-meio-de-rap/#respond Mon, 05 Jul 2021 20:47:23 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/8190b3ae46f889c6bae5b501a9f2e9f142ccafef767243fc6fcd0454d5a3165a_5b3a49d6ea41f-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=669 Ensinar educação financeira para a população negra e periférica por meio do rap é o propósito da NoFront. Em comemoração ao aniversário de 3 anos, a eles convidaram KL Jay e Ice Blue, integrantes do Racionais MC’s, para discutir o impacto social do rap e o contexto atua em duas mesas dentro da programação do evento NoFront Faz 3: Construindo a Nova Era” . Entre as atrações estão os pocket shows de MC Soffia e Obigo, conversas com especialistas, palestra sobre saúde mental e elaboração do luto no pós-pandemia. Para participar, os interessados podem se inscrever até dia 11 de julho pelo site.

Com início em 12 de julho, a programação será composta também por aulas gratuitas de sustentabilidade artística. Marcando o mês internacional da Mulher Negra Latina-Americana e Caribenha e de Tereza de Benguela, Caroline Amanda, da Yoni das Pretas, junto à Dona Elice debatem a plenitude e prosperidade das mulheres negras, no dia 24. Além disso, os participantes do evento receberão os seguintes materiais digitais: manual para sair do endividamento, ebook financeiro, guia prático para começar a investir e a planilha “Conquiste a Casa Própria”.

Segundo a Gabriela Chaves, CEO e fundadora da NoFront, devido à pandemia muitas famílias ficaram desestruturadas, além de ter perdido familiares que eram responsáveis pela renda familiar. Isso gerou impactos sócios-econômicos e emocionais. Dessa forma, “o ‘NoFront Faz 3: Construindo a Nova Era” tem o objetivo de mostrar que é preciso construir uma nova era pós-pandemia pautados na saúde mental, elaboração do luto e retomada econômica”, explica.

Gabriela lembra que tratar a vulnerabilidade econômica das mães solos e negras da quebrada é urgente. “Vemos que a maior parte dos nossos alunos são mulheres, o que ajuda entender a vulnerabilidade que mulheres estão inseridas e a importância desse conhecimento para uma agenda de empoderamento feminino e negro a fim de trazer protagonismo financeiro para pessoas que nunca tiveram esse assunto,” explica Gabriela.

Para se inscrever e acompanhar a programação completas do evento acesse o site da NoFrontConfira as atrações já confirmadas do evento.

12/07 – Abertura
Mesa Propósito: No Front + Hip Hop
Convidado: KL Jay (Racionais MC’s)
Pocket-show com MC Soffia;

13/07 – Masterclass ao vivo com a Gabriela Chaves
Tema: Como sair do endividamento?
Horário: 20h

14/07 – Conversa com especialista
Temas: Nem tudo o que brilha é ouro: vamos falar sobre investimentos!
Convidado: Victor Vianna

15/07 – Masterclass ao vivo com a Gabriela Chaves
Tema: O futuro do dinheiro
Horário: 20h

16/07 – Mesa Propósito: No Front + Hip Hop
Convidado: Ice Blue (Racionais MC’s)

17/07 – Conversa com Convidades: Dj Miria Alves
Tema: Sustentabilidade na produção artística e formas de monetizar
Horário: 17h

18/07 – Conversa com Convidades: Amma Psique e Negritude
Tema: Saúde Mental pela construção da nova era
Horário: 17h

19/07 – Aniversário da NoFront
Live da Gabriela Chaves para troca de ideia com o público
Abertura de inscrições do Curso Educação Financeira Sem Neurose – 4ª edição.

20/07 – Masterclass ao vivo com a Gabriela Chaves
Tema: Como realizar seus primeiros investimentos?
Horário: 20h

21/07 – Conversa com especialista
Tema: Conhecimento é uma ponte indestrutível para o futuro
Convidado: Cláudio Oliveira

22/07 – Master Class ao vivo com a Gabriela Chaves
Tema: Como se organizar para conquistar a casa própria?
Horário: 20h
Show: OBIGO

23/07 – Mesa: Afeto é um bem precioso
Convidado: Fatini Forbeck

24/07 – Conversa com convidades: Dona Elice + Caroline Amanda (Yoni das Pretas)
Tema: Escolha seu caminho: como tornar o empoderamento algo sustentável?
Horário: 17h

25/07 – Encerramento
Live tira dúvidas com a Gabriela Chaves
Encerramento das inscrições do Curso Educação Financeira Sem Neurose – 4ª edição.
Show

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Com Clara Lima e MC Slim no júri, rappers disputam título nacional de batalha rimas https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/06/24/com-clara-lima-e-mc-slim-no-juri-rappers-disputam-titulo-nacional-de-batalha-rimas/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/06/24/com-clara-lima-e-mc-slim-no-juri-rappers-disputam-titulo-nacional-de-batalha-rimas/#respond Thu, 24 Jun 2021 22:14:22 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/ph-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=642 “A batalha de rimas foi o que me formou como rapper”, comenta a rapper Clara Lima, uma das juradas do campeonato nacional de batalhas de rima Red Bull FrancaMente. A disputa iniciou mais uma fase nesta quinta-feira (24), em seu canal da Twitch com programação online até 18 de julho. 

Depois de uma extensa seletiva, 32 MCs avançaram à fase final. É o caso de quatro MC’s paulistas classificados  e que agora vão disputar uma vaga na Final Nacional do torneio. Clara Lima, Max B.O. e Slim realizam a apuração dos votos ao vivo, indicando os melhores artistas que avançam à etapa final.

Entre os competidores paulistas, Luís Nascimento, vulgo Bigão, Matheus Ramos, conhecido como Motta MC, Alexandre Bane e Vinicius, o Vinny Nine, se destacaram na primeira fase da competição entre mais de 200 MCs, passando pelos critérios de Kamau, Slim e Mamuti na etapa de inscrições. 

Agora, os rappers encaram uma nova seletiva ao lado de artistas do Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Belém e Salvador. Apenas 15, anunciados  na live, seguirão na competição. A final nacional será transmitida ao vivo para todo o Brasil no canal oficial do Red Bull FrancaMente no YouTube.

Para o rapper Max B.O., um dos jurados do evento, analisar o conjunto da obra de cada MC é o maior desafio na hora de votar em quem deve seguir na competição. “A meu ver, fatores como criatividade, inovação e sagacidade são fundamentais ao serem avaliados, já que, para mim, freestyle é um bailado, é um malabarismo silábico. Apesar de mais desafiador aos rappers, este formato online é importante para que todos se adaptem aos novos desafios em suas trajetórias, que também incluem variados formatos de duelos e eventos”, diz.

Os duelos virtuais marcam um novo período para as batalhas de rimas, que ficaram conhecidas mundialmente por reunir jovens apaixonados pelo rap. Classificados pelo improviso e criatividade, os rappers que avançaram para a próxima fase do Red Bull FrancaMente já demonstraram como é rimar pelas telas de um celular, já que todo o processo de inscrição ocorreu pela internet. O aplicativo do evento funciona também como uma rede social para conectar rappers de todo o país.

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Festival Luz Del Fuego ressalta importância feminina na cena cultural capixaba https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/06/05/festival-luz-del-fuego-ressalta-importancia-feminina-na-cena-cultural-capixaba/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/06/05/festival-luz-del-fuego-ressalta-importancia-feminina-na-cena-cultural-capixaba/#respond Sat, 05 Jun 2021 13:42:17 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/4-de-Jazz-2-Luiza-Dutra-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=612 Debater a presença de mulheres na musica durante a pandemia é fundamental para sairmos dessa melhores. É pensando nisso que dia 6 de junho acontece a nova edição do Festival Luz Del Fuego, um evento protagonizado por produção feminina que tem como premissa potencializar uma participação mais feminista na cena

A nova edição do evento, desta vez totalmente online, vai debater temáticas relacionadas à presença de mulheres na produção executiva e processos criativos em meio a pandemia. Além de conversas, um line-up recheado de artistas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo serão exibidos no canal do Youtube do Festival, das 14h às 19h.

Luz Del Fuego é uma aceleradora musical capixaba, idealizada pela cantora Gabriela Brown e produzida em parceria com Louisy Carvalho, com o objetivo de ir na contramão da disparidade de gênero dentro da cena musical. Dentre os convidados, as apresentações de Luiza Dutra e Bella Mattar, que são duas artistas participantes da Imersão de Processos Musicais e Festival, realizada pelo projeto entre setembro e novembro de 2019, mostram o impacto do movimento. 

Afronta MC é uma das convidadas para o festival (Foto: Divulgação)

“É um projeto com uma premissa bem afetuosa, bem afetiva, de presença de mulheres com outras mulheres do ramo musical. Então essa retomada se fez mais do que necessária neste período de pandemia, porque a única saída para profissionais da música é fazer live, e com isso, essa disparidade de gênero se tornou mais gritante ainda porque a gente prioriza mulheres na contratação do corpo técnico, ou pessoas LGBTQI+, mas ainda existem campos que a gente não consegue essa profissional”, conta Louisy. 

A edição de 2021 do Festival, vai contar com algumas apresentações inéditas de artistas, como a cantora Bella Mattar que vai apresentar seu EP, e também o primeiro single do álbum que está lançando. Morenna, que vai fazer uma apresentação exclusiva, o single “Açaí” vai ganhar a sua primeira versão live show. O showcase de Julia Mestre, vai entrar na programação de dois anos do álbum da artista. E também a apresentações de Afronta Mc, Gabriela Brown, Indy Naíse, Jasper e Gana, Luiza Dutra, Luiza Boê e Transe.

“A curadoria da mini-edição online foi realizada com base em todas as bandeiras que o festival sempre pregou: talento, representatividade e fogo. Tivemos o prazer de selecionar algumas artistas que ainda não tinham se apresentado”, relata Gabriela Brown.

Com apoio institucional do Estúdio Bravo, o Luz Del Fuego online é realizado via Lei Aldir Blanc, por meio da Secult ES e da Secretaria Especial da Cultura via Ministério do Turismo por meio do Governo Federal.

Serviço:
Apresentações musicais e debates ao vivo envolvendo temáticas como a presença de mulheres na cena cultural em meio a pandemia
Data: 6 de junho
Horário: 14h às 19h
Assista em: Youtube do Festival Luz Del Fuego
Mais informações: https://linktr.ee/somosluzdelfuego

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Grafiteiros revitalizam muros perfurados por balas no Jacarezinho https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/05/19/grafiteiros-revitalizam-muros-perfurados-por-balas-em-jacarezinho/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/05/19/grafiteiros-revitalizam-muros-perfurados-por-balas-em-jacarezinho/#respond Wed, 19 May 2021 11:43:16 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/187536068_311797703943946_7090303741697657977_n-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=582 Operação, chacina, não importa o nome que vamos dar para o que aconteceu na comunidade do Jacarezinho, Rio de Janeiro, no dia 6 de maio. O que importa são os 28 mortos, resultado de um trabalho sempre em progresso feito pela Estado brasileiro: matar negros.

Coração com 28 furos. Grafite feito por Roberto de Castro, conhecido como Time’S (Foto: Lenon Lins)

Recorde de assassinatos, números que aparentemente serão sempre superados e justificados, mesmo que injustificáveis, como o efeito colateral da guerra às drogas.

Vinicius Morais e Thiago Nascimento, cofundadores do LabJaca, laboratório de dados criado no Jacarezinho, que coleta informações sobre o impacto da Covid-19 no bairro, tiveram a ideia de trazer mais vida à comunidade reunindo grafiteiros para cobrir, com tinta e sprays, a marcas de balas deixadas nos muros após a tragédia.

Thiago comenta que a ideia surgiu na vontade de levantar a autoestima dos moradores da comunidade, ele lembra: “A gente presenciou tudo aquilo. Fomos acordados às 6 da manhã com helicóptero. Foi desesperador. O projeto veio para amenizar esse sentimento.”

Grafite feito por Guilherme Kid em Jacarezinho (Foto: Lenon Lins)

Eles tiveram o apoio de outro projeto que leva esperança em forma de arte na periferia. O Voltando à Escola, iniciativa criada pelo artista plástico Célio, que leva arte através do grafites para as salas de aula de escolas públicas, ele diz: “eu mandei uma mensagem para o Thiago falando que eu queria pintar um mural no jacarezinho como uma forma de solidariedade ao povo que não tem nada a ver com essa guerra. Acabou que eu e ele convidamos outros grafiteiros e fizemos essa homenagem para a comunidade”, ele conclui.

O resultado foi um dia calmo, alegre e cheio de trabalho como qualquer outro no cotidiano da comunidade do Jacarezinho, Tiago diz: “convidamos cerca de 30 grafiteiros e 10 fotógrafos. Foi um momento único. As crianças pintando os muros junto com os grafiteiros, os mais velhos pedindo pra grafitar o muro da casa deles. O resultado foi um sentimento de esperança, acreditar que um novo futuro para a favela é possível”, ele conclui.

 

Crianças ajudaram a pintar e fotografar o evento (Foto: Paulo Barros)

Entre os grafiteiros convidados estavam Roberto de Castro, conhecido como Time’S e Raphael de Souza Castro, que assina seus desenhos como Phael, pai e filho que superaram juntos os momentos de terror. Raphael lembra que no dia da operação ele e o pai ficaram frente a frente com o tiroteio. “Fomos alvejados com os estilhaços nas pernas. Um amigo ao lado teve a perna perfurada”, relata. Sobre o projeto, ele comenta que seu pai sempre quis retratar a história da comunidade nos muros dela pelos seus desenhos, ele continua: “Em conjunto com o LabJaca e o Voltando à Escola conseguimos colocar em prática um sonho. O objetivo era trazer mais vida para o Jacarezinho e incentivar o gosto pela arte”.

Eles tiveram trabalho. Antes de começar a desenhar, tiveram que tapar os buracos com argamassa e massa corrida. Em outros muros, tiveram que reparar algum dos desenhos que já estavam feitos, mas que os tiros estragaram. Tudo isso para manter o local onde vivem um lugar agradável.

Grafiteiro Times durante grafitaço feito em Jacarezinho (Foto: Paulo Barros)

As pessoas tendem a achar que algo é inferior pela imagem que mostrada dele, por isso a importância de sempre estarmos cuidado da nossa comunidade, Raphael finaliza dizendo: “Ninguém se familiariza com locais furados de bala, então nós sempre zelamos por nosso espaço na favela. A arte e a cultura aqui dentro incentivam as pessoas a cuidarem mais dos espaços, isso às vezes até evita uma troca de tiros só pelo fato de ter uma praça, um mural de grafite ou uma quadra”, ele conclui.

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