Sons da Perifa https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br Um blog sobre cultura periférica, a voz da periferia Mon, 13 Dec 2021 15:07:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sons da Perifa em novo endereço https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/12/13/sons-da-perifa-em-novo-endereco/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/12/13/sons-da-perifa-em-novo-endereco/#respond Mon, 13 Dec 2021 15:07:17 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=857 Caro leitor,

Este blog continua na Folha, mas, agora, em um novo endereço. Acesse www1.folha.uol.com.br/blogs/sons-da-perifa/ para continuar lendo tudo que o Sons da Perifa publica.

Os textos já publicados permanecerão neste espaço para serem lidos e relidos.

Clique a seguir para ler o novo texto o blogwww1.folha.uol.com.br/blogs/sons-da-perifa/

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Eliane Dias cria festival Boogie Week e expande atuação da marca com os filhos https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/30/eliane-dias-cria-festival-boogie-week-e-expande-atuacao-da-marca-com-os-filhos/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/30/eliane-dias-cria-festival-boogie-week-e-expande-atuacao-da-marca-com-os-filhos/#respond Tue, 30 Nov 2021 20:41:39 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Eliane-Dias_-Boogie-Week-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=846 Visão de passado e futuro soa em muitos casos, para quem é negro, como uma incógnita –o apagamento da história afro e a baixa perspectiva de vida motivam isso. Pensando em mudar este cenário, o selo Boogie Naipe, que comanda a carreira do grupo de rap Racionais MC’s, criou a Boogie Week, festival programado para 2 a 5 de dezembro. 

A frente da programação, que será online, está a advogada e empresária Eliane Dias. Ao lado de seus dois filhos, Kaire Jorge e Domenica Dias, ela propõe mudanças no cenário dos grandes festivais  atuais. “Frequentei grandes eventos dentro e fora do Brasil, gratuitos e pagos, e vi que sempre faltava alguma coisa da cultura preta. Foi aí que eu juntei tudo o que eu não via e coloquei na Boogie Week”, afirma a empresária.

Dias ainda conta que o evento não será apenas de música, mas deve valorizar a cultura negra em diversos setores. “Tem que ter culinária preta, escritores pretos, cineastas negros… Tudo o que imaginarmos que tiver pessoas pretas trabalhando vamos tentar incluir.”

Outra frente do evento é dar visibilidade e oportunidade para mulheres negras. “Eu sou uma mulher preta, então desde o começo eu pensei em equidade de gênero para essa semana de cultura preta. Priorizamos ter mais mulheres profissionais que homens na equipe. Fazer esse equilíbrio de gênero é espontâneo para mim”.

Eliane Dias ao lado dos filhos Kaire Jorge e Domenica Dias (Foto: Jef Delgado/ Divulgação)

Este movimento de estar atento para incluir mulheres negras na folha de pagamento é fundamental. Segundo o Relatório Especial de Empreendedorismo Feminino no Brasil, do SEBRAE, 48% dos Microempreendedores Individuais (MEI) no Brasil são mulheres.

Porém, quando observamos os números fazendo o recorte racial, entendemos que mulheres negras estão a um abismo de oportunidades das mulheres brancas. Um desses dados mostra que somente 35% das mulheres brancas empreendem por necessidade, enquanto 51% das mulheres negras têm seu empreendimento como única renda familiar. Além disso, apenas 21% das mulheres negras são registradas com CNPJ.

Para Dias, o mercado de empreendedorismo para mulheres negras é quase impossível. “Empreendemos porque não temos outra opção. Na periferia, por exemplo, vejo mulheres abrindo um negócio, e quando pega firme o companheiro vai e toma dela”.

Ainda sobre mercado de trabalho, a empresária comenta sobre assédio e violência que muitas mulheres enfrentam. “A mulher não é como um homem que só trabalha e não tem outras obrigações em casa. Ela trabalha, cuida dos filhos, cuida da casa, cuida do pai e da mãe que são mais velhos, trabalha menstruada, enfrenta assédio e assim por diante”. 

Por outro lado, Eliane Dias mantém seu cargo à frente da Boogie Naipe, marca que surgiu em 2009 com Mano Brown, e que ao longo dos últimos 12 anos se tornou referência no mercado musical. “A empresa nasceu para cuidar única e especificamente da carreira de um dos artistas, Mano Brown, e que foi se expandindo de acordo com as necessidades. Temos editora, produzimos clipes, agenciamos shows, temos marcas de roupas, nós fazemos tudo. Chega de aceitar a coisa ‘mais ou menos’. Se podemos fazer melhor, então vamos lá e fazemos”.

Parte dos seus companheiros de trabalho são seus dois filhos, o que, para ela, é uma vantagem. “O bom de trabalhar com amigos e familiares é que eu posso confiar. Posso pegar o meu cartão do banco e dar na mão do meu filho ou da minha filha”, diz. Mas, segundo a empresária, nem tudo são flores. “A desvantagem é que às vezes a gente está tomando café e está trabalhando. E às vezes o bicho pega aqui viu? A gente briga e sai na discussão. Somos todos pessoas fortes. Eu não gosto de discutir com o Jorge nem com a Domênica, mas com o Pedro Paulo [Mano Brown] tudo bem.”

 

Boogie Week
2 a 5 de dezembro
Grátis no YouTube da Boogie Naipe

 

Programação completa

Quinta-feira (2)
Com apresentação de Aretha Sadick:
Anelis Assumpção
Performance de Kaê Guajajara
On! HUB & Samba rock cultural
Negres: o visual é ancestral, com Hanayrá Negreiro e Roger Ramos
Cia Crespos apresentando: Dois garotos que se afastaram demais do sol
NOSSO AJEUM: tabuleiros de partilha e resistência, com Sueide Kintê e Edson Leite
Encerramento com show Leci Brandão

 

Sexta-feira (3)
Com apresentação de Magá Moura:
Lys Ventura
Batekoo
Ela é Tech, Ela é Pop, Ela é Digital com Sil Bahia e Dandara Pagu
Áfricamente: o que sei me cura com João Marques e Chavoso da USP
Stand Up Comedy com Jacy Lima
Encerramento com show de Rico Dalasam

Sábado (4)
Com apresentação de Nataly Nery se apresentam:
DJ Marky
Jonathan Ferr
Larissa Luz
MC Dricka

Domingo (5)
Com apresentação de RAP Falando se apresentam:
DJ SET com Erick Jay
Budah
Performance de Afrobapho
Show de Yunk Vino + Duquesa + Danzo
Duelo de MC’s Especial com Winnit (SP) + Bixarte (PB) + Kaemy (GO) + Alice Gorete (AL) + Black (BA) + Vinícius ZN (PE) + Douglas Din (MG) + Big Mike (SP), apresentação de Max Bo e do DJ Tayan com júri de Clara Lima e Mamuti.
Encerramento

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Baile das Sete Vidas acontece neste sábado (27) e retoma hip hop no centro de SP https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/27/baile-da-sete-vidas-acontece-neste-sabado-27-e-retoma-hip-hop-no-centro-de-sp/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/27/baile-da-sete-vidas-acontece-neste-sabado-27-e-retoma-hip-hop-no-centro-de-sp/#respond Sat, 27 Nov 2021 13:15:41 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/WhatsApp-Image-2021-11-25-at-17.10.29-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=829 Neste sábado (27) acontece a primeira edição do Baile das Sete Vidas, no Centro Cultural Ouvidor 63, festa comandada pelos DJs de Spanta e Gigo, que faz parte da programação da Terceira Bienal do Centro Cultural Ocupação Ouvidor63.

O baile é uma parceria da Central, que hoje é organizadora de diversos eventos no Point da Pixação, e fica na rua 24 de Maio, região central de São Paulo, e Projeto Swings&Batidas, composto pelos DJs Spanta & Gigo que tocam novidades da música brasileira, rap, funk soul e música eletrônica.

A ideia surgiu entre os representantes do Projeto Swings&Batidas e o proprietário da Central, para fomentar a cena do Hip Hop na região central de São Paulo, que hoje encontra-se pausada por conta da pandemia.

O evento gratuito será realizado na Rua do Ouvidor, 63, na Sé, região central da capital, e está programado para começar às 16h20.

 

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O rap ainda é uma competição injusta para músicos nordestinos, afirma Don L https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/o-rap-ainda-e-uma-competicao-injusta-para-musicos-nordestinos-afirma-don-l/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/o-rap-ainda-e-uma-competicao-injusta-para-musicos-nordestinos-afirma-don-l/#respond Fri, 26 Nov 2021 14:19:38 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/WhatsApp-Image-2021-11-25-at-20.46.02-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=830 Há dez anos, Gabriel Linhares da Rocha, nome de batismo do rapper Don L, reunia dinheiro e motivação para ir a São Paulo, deixando para trás Fortaleza, sua terra natal. A trajetória dessa jornada é o pano de fundo do seu novo disco “Roteiro para Aïnouz, Vol.2”, segundo da trilogia anunciada pelo cantor, que foi lançado na madrugada desta sexta (26) nas plataformas de streaming de música. Nele o cantor narra as estradas em que percorreu e imagina novos caminhos para o futuro Brasil.   

Diferente do disco anterior onde o músico de 39 anos expressa a decepção ao chegar na capital paulistana, desta vez, Don L usa os acontecimentos durante seu trajeto de 3000 quilômetros entre as duas cidades como metáfora de morte e renascimento. “Quando falo de um bandido do século dezoito e a corrida do ouro, na faixa Vila Rica, o cenário pós-apocalíptico de quando morrem os grandes sonhos e a vida acaba se torna uma guerra particular. A morte, e então o renascimento, a reconstrução deles a partir das cinzas da destruição do colonialismo, esse fracasso civilizatório que permeia nossas vidas por todos os lados.” afirma o cantor.

Outro tema sempre presente nas músicas de Don L é a desigualdade feita em sua visão pela indústria do rap, que prestigia menos os músicos do nordeste do país em comparação com o cenário do mesmo ritmo no sudeste —mas confessa ter visto mudanças. “Acho que contribuí para um progresso nesse sentido, de tornar possível rappers do nordeste se colocarem como competitivos na cena nacional. Mas continua sendo uma competição injusta, desigual. A mudança real tem a ver com estruturas muito mais profundas, com projeto de país e nossa diversidade cultural. E, no momento, o que existe é o desmonte do que já era frágil”.

Don L durante gravação de clipe para seu novo álbum ‘Roteiro pra Aïnouz, vol. 2’ ( Foto: Bel Gandolfo/ Divulgação)

O disco que tem assinatura artística de André Maleronka, mesmo dos últimos três trabalhos do cantor, traz diversas participações como Tasha e Tracie, Djonga e Alt Niss e faz o cantor se unir a cena mais nova do rap. “Nesse disco eu tento propor novos caminhos a partir de elementos que essa nova escola traz”.

Don L ainda afirma que uma das propostas do disco é conversar com a geração que o tem como inspiração, e que isso o tem incentivado a estar atento a outros ritmos derivados do rap. “Sempre bebo da água dos clássicos da música brasileira e do hip-hop mundial. Vou do funk, trap e drill aos clássicos do samba”.

Outro destaque é a capa do álbum —que virou até filtro no Instagram— teve projeto gráfico de Filipe Fillipo e fotografia de Autumm Sonnichesen. A obra faz uma releitura do disco “The Chronic” do rapper Dr Dree e mistura referências de discos dos selos americanos Strata-East e Black Jazz.  

Esse enredo criado por Don L e sua equipe foi pensado em parte como uma obra cinematográfica. “O tema do disco faz referência ao diretor de cinema cearense Karim Aïnouz. A opção de fazer uma trilogia reversa tem a ver com minha trajetória, de ter demorado a ser reconhecido na cena musical brasileira. Tenho uma longa história para contar e ressignificar o passado para aí sim construir um caminho novo para um futuro que valha a pena a luta”.

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Nego Bala: A música é a única liberdade quando se está preso https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/24/nego-bala-quando-se-esta-preso-a-unica-liberdade-e-a-musica/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/24/nego-bala-quando-se-esta-preso-a-unica-liberdade-e-a-musica/#respond Wed, 24 Nov 2021 15:00:14 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/1637600465619bccd1b19be_1637600465_1x1_lg-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=814 Um provérbio africano diz: “nunca se esquecem as lições aprendidas na dor”. Foi com esse cruel sentimento que Marcelo Abdinego Justino Genero, nome de origem do funkeiro Nego Bala, aprendeu a conviver.

O músico foi criado pelo pai, que era ambulante, e sua mãe, dependente química. Ele cresceu na Boca do Lixo, como é popularmente conhecida uma região na Luz, área central de São Paulo, e passou pela Fundação Casa ainda na adolescência

Este episódio da vida do músico, hoje com 23 anos, é o que inspira seu álbum de estreia, lançado nesta quarta-feira, 24. em formato audiovisual. Intitulado “Da Boca do Lixo”, o disco é composto por nove faixas.

A obra é um breve resumo da vivência do cantor, que foi um garoto da Cracolândia, viveu intensamente a rua e acabou seguindo por caminhos mais próximos, como o crime. “Usei a arte como válvula de escape. Escrevendo, compondo e cantando”, afirma o MC.

Além do disco, um curta-metragem com voz da cantora Elza Soares, revisita os dias que o MC esteve privado da liberdade. Idealizado pela AKQA\Coala.LAB e produzido pela Stink Films —mesma produtora de Bluesman, do rapper Baco Exu do Blues, vencedor de um Grand Prix na categoria “Entertainment for Music” do Cannes Lions— o filme está disponível no canal de YouTube do Nego Bala.

“Ter a Elza é uma responsa muito grande por se tratar de uma artista completa. Ela cantando uma poesia que escrevi quando era menor, com toda atenção e carinho do mundo, foi emocionante. Eu ainda estou processando toda essa história, espero ter chegado à altura do que ela representa”, conta o funkeiro que tem a companhia da cantora também na música “Sonho”, presente em seu novo disco.

O curta de aproximadamente dez minutos de duração, dirigido por Douglas R. Bernardt, apresenta a passagem de Nego Bala pelo centro de detenção para jovens como ponto de partida de uma trajetória por novas possibilidades para além daqueles muros. “A gravação foi um flash de várias emoções e um misto de aprendizado monstro pelo qual passei”, afirma o MC.

O enredo do vídeo exibe a vasta capacidade da dança e da música de se conectar a ancestralidade do povo negro e ligar o passado com o presente. Conexão que é presente na vida de Nego Bala desde a infância. “O Rap estava no meu dia a dia sempre. Ouvia Sabotage, Racionais MCs, Consciência Humana, De Menos Crime, Facção Central e SNJ. Viver no centro histórico de São Paulo é conviver com a música.”

Nego Bala em cena do curta-metragem da música ‘Sonho’, que gravou com Elza Soares (Foto: Larissa Zaidan/Divulgação)

Por outro lado, o cantor afirma que não teve pessoas próximas que o inspirasse na carreira de músico. “Na Cracolândia, minha quebrada, eu não via muito MC’s. Na verdade, nenhum. Isso me motivou bastante também em levar o nome do Centro pro mundo, mostrar que temos voz”, diz o músico.

Esse desejo foi a motivação que teve quando ainda era interno. Nego Bala afirma que sempre foi seu sonho lançar um disco quando estivesse em liberdade. Essa meta foi fundamental para que ele se mantivesse em equilíbrio, mas também serviu de inspiração para seus parceiros de detenção.

“Quando você está preso, a única coisa que você tem para se libertar é a música”, afirma. Ele acrescenta: “boa parte do que escrevi privado da liberdade está no álbum. A atmosfera rítmica da cadeia tá toda no disco também. A música está soando como eu queria ouvir. Espero que as pessoas gostem do trabalho que fizemos”.

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Festival idealizado por mulheres negras na Cidade Ademar traz pioneira do rap https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/20/festival-idealizado-por-mulheres-negras-na-cidade-ademar-traz-pioneira-do-rap/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/20/festival-idealizado-por-mulheres-negras-na-cidade-ademar-traz-pioneira-do-rap/#respond Sat, 20 Nov 2021 18:57:54 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Mana-Bella-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=809 Embalados pelo dia da Consciência Negra, o festival Território Dente de Leoa vai apresentar a batalha da Feira Livre, que há cinco anos na Cidade Ademar promove a cultura hip-hop. A batalha de rimas terá apresentação da rapper e produtora Mana Bela e participação especial de Dory de Oliveira, uma das primeiras MCs de rap da capital.

Criado pela coletividade de mulheres Dente de Leoa, da Cidade Ademar, que fica na região leste de São Paulo, o festival tem como missão criar grandes encontros de artistas periféricos. Além disso, o evento quer fazer a ponte entre novas vozes no gênero e nomes consagrados.

O evento, que acontece até o dia 26 de novembro, faz parte do projeto “Segue o Baile” e foi contemplado pela 5ª Edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia da Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

 

 

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Zezé Motta será homenageada em festival que reúne 20 outros artistas pretos https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/zeze-motta-sera-homenageada-em-festival-que-reune-20-outros-artistas-pretos/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/19/zeze-motta-sera-homenageada-em-festival-que-reune-20-outros-artistas-pretos/#respond Fri, 19 Nov 2021 21:06:02 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/05-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=804 A segunda edição do Festival Levante vai celebrar a resistência em comemoração ao dia da Consciência Negra, 20 de novembro, com apresentações de 20 músicos pretos e homenageado a atriz e cantora Zezé Motta. O evento, gravado na Fabrica de Cultura da Brasilândia, bairro na região norte de São Paulo, vai acontecer a partir das 18h, no canal do YouTube.

A produção foi feita pela Art Mind em parceria com o LabVoz, programou o festival para ser divido em quatro palcos: no Riachuelo irão se apresentar Mylena Jardim, Bruna Black, Tinna Rios e Yasmin Olí celebrando “O poder da mulher preta” além da participação especial da Stella Yeshua invadindo o camarim das artistas e cobrindo as expectativas.

No Palco Budweiser estão confirmadas as performances de Bia Ferreira, Rico Dalasam, Jup do Bairro, Danna Lisboa e Karol de Souza mostrando o tema “Atitude”.

Já no palco PAN terá as performances de Martte, Leyllah Diva, Quebrada Queer, Ângela Máximo e Desirée e as participações especiais de Criolo e Jojo Todynho.

O quarto e ultimo palco, denominado Levante, vai trazer Zézé Motta para ser a primeira madrinha do festival. Nele a artista será homenageada pela sua trajetória e relevância na cultura afro-brasileira. Além disso, Zezé vai abrir o festival com uma performance inédita, além de apresentar o festival e mediar todas as demais performances.

Festival Levante
Dia 20 de novembro, a partida das 18h, no YouTube.

 

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Tuyo, banda curitibana indicada ao Grammy, encanta por fugir do lugar comum https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/18/tuyo-banda-curitibana-indicada-ao-grammy-encanta-por-fugir-do-lugar-comum/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/11/18/tuyo-banda-curitibana-indicada-ao-grammy-encanta-por-fugir-do-lugar-comum/#respond Thu, 18 Nov 2021 20:12:22 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/TUYO-CAPA-BY-VITORAUGUSTO-_-@VTORAUGSTO-2-300x215.jpg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=797 Criar fora do lugar comum —ou do que se espera de um artista— parece ser um clichê. Mas, na verdade, não é. E principalmente quando se trata de músicos pretos. A banda Tuyo mistura folk futurista com músicas brasileiras, entre outros sons. Por andar fora da curva, foi um dos artistas indicados ao prêmio Grammy Latino de 2021, que acontece nesta quinta-feira, dia 18, em Las Vegas. Os músicos foram indicados na categoria de melhor álbum de pop contemporâneo em língua portuguesa.

Imagem de divulgação do disco ‘Chegamos Sozinho em Casa’ (Foto: Vitor Augusto)

Original de Curitiba, Tuyo é formada pelas irmãs e cantoras Lay e Lio, e pelo cantor Machado. Eles dividem palcos e fãs há quase dez anos e agora assistem a seus trabalhos serem elogiados por artistas renomados—como Lucas Fresno e Emicida— e à consolidação do trabalho do trio na indicação para o Grammy. 

A indicação em uma categoria com nome de artistas com uma longa estrada mostra o quão longe a banda chegou. Lio lembra que cantores como Fernanda Takai, Nando Reis, Vitor Kley, Duda Beat e Anavitória foram nomeados na mesma categoria. Para ela, estar ao lado de artistas com carreiras robustas na premiação é uma conquista.

Além dos fãs estrelados, a banda vem acumulando uma legião de seguidores que vem acompanhando de perto a trajetória do grupo. “A gente percebe que nossos fãs comemoram com a gente cada conquista. Isso é um fruto alcançado por conseguirmos dialogar com os nossos iguais. Eu sinto que as pessoas se sentem indicadas também naquele prêmio”, afirma Machado.

Manter um diálogo sempre foi a principal preocupação dos músicos. Lio comenta também que nunca quiseram ser tachadas como uma banda de nicho. “Sempre tivemos o cuidado para não sermos apenas uma banda experimental que toca para um certo grupo de jovens, ou em festivais específicos. Sinto que estamos sendo observados por veículos dentro e fora do Brasil e isso mostra que, no fim, conseguimos conversar com qualquer pessoa”, afirma a cantora.

Ainda sobre o Grammy, Machado comenta que a indicação para o prêmio de música latino-americano serve como um diploma. “Eu sempre quis me formar, ter o papel, sabe? Essa indicação para mim serve para isso.”

A banda aposta na diversidade musical e não se encaixa em apenas um ritmo. Lay comenta que, quando era mais nova, via as diferenças musicais no estilo das pessoas. “Antigamente tinha o pessoal do punk, do samba, do sertanejo entre outros. Hoje existe uma linha muito tênue entre os ritmos: o samba e o sertanejo, por exemplo, muitas vezes se misturam. A fronteiras entre os ritmos estão se dissolvendo, muito por conta da internet. A Tuyo é mais uma banda que consegue transitar por diversos gêneros”, analisa.

Lay ainda comenta que os temas presentes nas músicas são resultado de muita conversa entre o trio. “Geralmente começamos com um papo sobre como foi o dia, alguma fofoca e, de repente, entramos em algum assunto muito complexo sobre a vida. Como se a mente começasse a derreter.” 

A infância religiosa dos três ajudou na maneira como meditar e refletir sobre a vida. “Quando éramos pequenos, nós íamos para um lugar rodeados de pessoas cujo objetivo era falar com uma pessoa dentro da nossa cabeça, chamada Jesus. Este ser acolhia qualquer pensamento que tínhamos, bons ou ruins”, comenta Lio. Para ela,  a prática da oração é como uma meditação em que você pode confessar qualquer coisa —das vontades de morrer às alegrias proibidas.

Segundo Lay, esse exercício mental —e inevitável já que foi ensinado que Jesus enxerga e está em todos os lugares— é o que ajudou individualmente o grupo a pensar e até viajar ao escrever os versos de suas canções. 

A pausa nas apresentações presenciais durante os dias mais críticos na pandemia foi um período difícil para a banda. O disco “Chegamos Sozinho em Casa” foi produzido e gravado em 2019. A banda pretendia fazer uma turnê do álbum em 2020, mas, por conta da pandemia, não foi possível. “Fizemos esse disco pensando nos shows, no contato com as pessoas e fomos barrados por esse trágico apocalipse”, comenta Lay.

No último dia 28 de outubro, na Black Prince House, em São Paulo, a banda fez seu primeiro show permitido pelo Plano SP, que permitiu a reabertura dos espetáculos presenciais na capital. “Nesse show eu só consegui pensar o quanto se perdeu para se ter esse momento”, conta a cantora. 

Com o caminho aberto para mais apresentações presenciais e preparando uma série documental sobre o grupo, Tuyo segue encantando fãs de outros gêneros com músicas cheias de papos filosóficos e sentimentos sem encaixar seus versos em um mesmo ritmo.

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Conheça os brasileiros que buscam o título mundial de breaking na Polônia https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/conheca-os-brasileiros-que-buscam-o-titulo-mundial-de-breaking-na-polonia/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/conheca-os-brasileiros-que-buscam-o-titulo-mundial-de-breaking-na-polonia/#respond Fri, 29 Oct 2021 19:29:20 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-29-at-16.15.14-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=787 Enquanto o b-boy cearense Bart já garantiu sua presença na final do campeonato mundial de breaking, outros dois candidatos brasileiros buscam uma vaga no Red Bull BC One, etapa polonesa da competição. A mineira Isabela Rocha, conhecida como b-girl Itsa e o goiano Alexandre Duarte, codinome b-boy Xandin, fizeram história em São Paulo e se tornaram os primeiros campeões nacionais do Red Bull BC One, realizado em outubro.  Este título garantiu a classificação de ambos para a penúltima fase antes da final.

Os competidores vão se apresentar na cidade de Gdansk, na Polônia, em duas etapas: a primeira classificatória será realizada no dia 4 de novembro, os 24 classificados se juntarão na grande decisão no dia 6 de novembro. O evento contará com transmissão ao vivo em Youtube.com/RedBullBCOne e no canal SporTV, a partir das 13h.

Após vencer a etapa brasileira da competição, a b-girl Itsa, embarca rumo à Polônia visando ao grande título mundial (Foto: Fabio Piva/ Red Bull Content Pool)

De Belo Horizonte (MG), a bicampeã Itsa é a representante nacional feminina na competição. Integrante do elenco de dançarinos do Cirque du Soleil, a artista de 23 anos iniciou sua trajetória na modalidade logo na infância e não parou desde então. A atleta  é uma das grandes expoentes do breaking no Brasil. “Minha expectativa para o mundial é que as pessoas não se enxerguem apenas como competidores, mas como irmãos e irmãs de cultura. Estou preparado para dançar minha história”, afirma Isabela.

O B-Boy Xandin é um dos competidores que embarcou rumo à Polônia visando ao grande título mundial (Foto: Fabio Piva/ Red Bull Content Pool)

Já na categoria masculina, o b-boy Xandin, de Anápolis, no interior de Goiás, tem mais de uma década no esporte e diz confiar nos representantes brasileiros na competição: “Estou ansioso para a final. Acredito que tenho potencial para representar o Brasil e trazer esse título. Quero manter minha energia, dançando tranquilo e curtindo, acho que isso pode fazer toda diferença. Vou dar o meu melhor”, comenta Xantin.

A dinâmica do campeonato é simples: em formato mata-mata, os participantes têm suas habilidades avaliadas ao dançarem em frente a um painel formado por jurados que são referências na cena, como o holandês Menno, três vezes Campeão Mundial. Vale tudo para impressionar: técnica, criatividade e simpatia. Quem impressionar mais os juízes vence.

O B-Boy cearense Bart já tem vaga garantida na final Mundial (Foto: Fabio Piva/ Red Bull Content Pool)

 

Bart, que já tem vaga garantida na final mundial, no dia 6 de novembro, por meio de wildcards —recurso dado por desempenho e forte participação—  foi convidado a avançar direto à fase decisiva que nomeará os dois grandes vencedores mundiais, sendo um b-boy e uma b-girl.

Red Bull BC One – Final Mundial Polônia
Data: 04/11 (1ª etapa final mundial)

Data: 06/11(2ª etapa final mundial)
Horário: 13h
Local: Transmissão ao vivo no Youtube.com/RedBullBCOne e pelo canal SporTV

 

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Mano Brown fala de família e LGBTQIA+ com Ludmilla em novo episódio de ‘Mano a Mano’ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/27/mano-brown-fala-de-familia-e-lgbtqia-com-ludmilla-em-novo-episodio-de-mano-a-mano/ https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/10/27/mano-brown-fala-de-familia-e-lgbtqia-com-ludmilla-em-novo-episodio-de-mano-a-mano/#respond Wed, 27 Oct 2021 16:18:02 +0000 https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-27-at-13.10.25-300x215.jpeg https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/?p=780 Embalado por uma sequência de entrevistas com personalidades da música, como a sambista Leci Brandão e o rapper Djonga nas últimas duas semanas, chegou a vez de Ludmilla bater um papo com o Mano Brown em “Mano a Mano”, podcast oficial do Spotify, que vai ao ar na plataforma nesta quinta-feira, dia 28.

A conversa entre os músicos foram guiada pelos temas: família, religião, identidade e carreira. Durante o episódio, Mano Brown fala como determinados gêneros musicais não são levados a sério. “Assim como o rap, que é uma música que vem do gueto, as pessoas acham que a gente aprende tudo na intuição, aprende na vagabundagem. Quando não tinha nada para fazer, aprendeu rap. E não é assim”.

Aos 26 anos e com a marca de ser a primeira mulher negra a alcançar um bilhão de streams no Spotify na América Latina, Ludmilla, em um dos pontos autos da entrevista, comenta como não se sentia uma referência para as mulheres negras e LGBTQIA+ no início da carreira, mas que isso mudou com o passar dos anos: eu fui aprendendo, pegando posse, reforçando e cuidando mais de mim porque sabia que tinha mais gente se guiando pelos meus passos”, afirma a cantora.

Semanalmente aparecendo na lista de podcasts mais ouvidos da plataforma, Brown tem se sido elogiado como um entrevistador, que mesmo diante de personalidades polêmicas que vão de encontro com seus ideais, não segue a linha de encurralar e constranger. O rapper costuma deixar os convidados a vontade durante as conversas, que geralmente acontecem em torno de uma hora.

O podcast Original Spotify Mano a Mano tem novos episódios toda quinta-feira. Este é o décimo episódio do podcast dos 16 confirmados até o momento. Já passou pelo programa a cantora Karol Conká, o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo, o vereador de São Paulo Fernando Holiday, do Novo, o ex-presidente Lula entre outros.

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